Mitos da questão vegetariana
Agora que você já entrou em cada vídeo, livro e artigo, vamos conversar sobre o que não foi dito nos links acima. Conceitos que para uns são óbvios, mas para outros ainda geram dúvida ou confusão.
Plantas não sentem dor. Elas são seres vivos pois possuem corpo físico denso e corpo físico energético (etérico, pránico). Entretanto, elas não tem um sistema nervoso para sofrer e interpretar uma dor. Quando alguém falar que plantas também são seres vivos e que os vegetarianos são insensíveis com os vegetais, não lhe dê ouvidos: ou essa pessoa é completamente imbecil e alienada, ou está querendo chamar a atenção
para si com estes argumentos sem sentidos (o que é mais provável).
No primeiro caso, se você tiver paciência e vontade, pode dar uma breve aula de evolução das espécies ao leigo cósmico. No segundo caso, o melhor é mudar o assunto para falar do tempo ou até mesmo
mudar de interlocutor, deixando o bobalhão de lado.
Comer defunto comprado no açougue não constitui a “lei do mais forte”. Alguns defensores da ingestão de carnes adoram utilizar esta expressão para argumentar que comer carnes é natural para nós. Entretanto, comer carne de bicho morto abatido por outrém, cortada no açougue, assada no fogo e salgada para mascarar o sabor sangue-e-vômito não é, nem aqui nem na China, lei do mais forte. Um guepardo correndo
incansavelmente para capturar uma ágil gazela com suas próprias presas é a lei do mais forte. Aliás, de onde veio essa expressão “lei do mais forte”? Será que não é o cacoete de confundir e deturpar o entendimento daquela clássica expressão original ”lei do mais adaptado”, apresentada por Charles Darwin? São coisas
completamente diferentes!
O homem não é carnívoro. Definições devem ser respeitadas: carnívoro, por definição, é o animal que abate sua própria presa e a come com o sangue ainda quente. Outra definição: carniceiro é aquele que não mata: espera que um animal morra ou que um predator o mate para só então aparecer no cenário, e assim são os abutres, urubus, hienas…
Como você pode concluir, o homem é um carniceiro neste ponto, pois não tem capacidade de matar, não tem garras nem força, e come apenas os restos mortais de um bicho que nem mirou nos olhos quando
vivo.. Alguns dizem que somos inteligentes e criamos a faca.
Tudo bem. Então convide essa intelectual pessoa para pegar a faca e matar a vaquinha. Essa “mente brilhante” provavelmente não conseguirá matar nada, pois não suporta nem violência nem sangue.
Para um verdadeiro carnívoro, só o fato de ver sangue já é o suficiente para dar muita água na boca. Para nós, humanos, ocorre justamente o fenômeno inverso ao da fome: dá vontade de vomitar;
embrulha o estômago, fechamos o rosto e tapamos o nariz. Contudo, embora carniceiro seja um rótulo mais coerente do que carnívoro, o mais correto é dizer que o homem é onívoro, pois come de tudo –
independentemente de ser adequado para seu organismo ou não. O porco é um outro exemplo de animal onívoro.
Brócolis é melhor do que carne. Em sua busca por conhecimento sobre o vegetarianismo, você já deve ter ouvido a frase “ahh, mas pensa só: tu preferes um pedaço suculento de carne ou um
brócolis??” Esse tipo de argumento quando vem à tona é sinal de desespero por parte do interlocutor carniceiro. Assim não dá! Se essa pessoa quiser comparar esses dois itens, solicite que
ela coloque a carne nas mesmas condições do brócolis, deixando-a crua tal e qual um autêntico carnívoro gosta, sem sal, sem churrasqueira ou forno, e na temperatura ambiente. Qual será a
escolha dessa pessoa? Será que ela escolherá comer o brócolis, revigorante, vitalizante e al dente por natureza, ou será que ela escolherá comer o pedaço de carne cru, duro,
insípido, nojento, sangrento e difícil de mastigar? Acho que enfim chegamos em um consenso aqui.
O frango da Sadia já morreu, desesperado e urrando de dor. Você já viu que quanto mais prejudicial e fatal o produto, mais encantador e ludibriante é o seu comercial na televisão? É assim com a cerveja, em que o mundo é uma eterna praia de tom amarelo, em que todo mundo é sexy e a alegria é imperativa. Ah, e há um cheiro geral de flerte e sexo no ar. Isso oculta bem a cena da maioria dos rapazes que bebem umas e outras e tornam-se muito inconvenientes, bem como a cena dos vômitos, dos acidentes trágicos, das brigas, dos viciados e dependentes e dos prejuízos do álcool na saúde em geral. Da mesma forma são os
comerciais da indústria da carne. O mundo é feliz e as crianças estão fortes e saudáveis na hora de dar uma tremenda bocada num hamburguer super natural de bicho morto. As cores estão presentes em
seus tons mais exuberantes, convencendo todos que a vida é um arco-íris quando você come tal produto de defunto. Só de pensar na barra forçada ao mostrar um frango feliz e risonho, percebemos o
quanto querem nos enganar e iludir, tal e qual as redes de fast-food com seus palhaços e mascotes divertidos.
No passado tivemos que comer, mas fique aliviado: já passou, foi só susto! Nós não evoluímos para comer carne, mas evoluímos apesar disso. Ao descermos das árvores nas épocas de escassez e frio, não havia muito o que comer além dos pequenos mamíferos e roedores que porventura conseguíamos
alcançar. Com alguns milhares de anos, evoluímos ao ponto de utilizar lanças e abater animais maiores. Tudo isso foi lamentável, mas imprescindível para nossa sobrevivência. Não havia o que fazer
e, por isso, comemos. Mas isso já passou, é passado agora. Comer carnes tendo nossos verdadeiros alimentos à disposição é burrice, e é muito perigoso para nossa saúde, contribuindo naturalmente para
uma infinidade de doenças.
O mercado da carne é cruel. Os animais nas fazendas ganham peso, produzem leite e colocam ovos porque foram especialmente manipulados com drogas, hormônios e técnicas de criação e seleção genética para fazer estas coisas. Além disso, os animais criados para produção de alimentos, como vacas leiteiras e galinhas poedeiras, são abatidos em idade extremamente jovem, antes que as doenças inevitáveis os
dizimem. É mais lucrativo para os fazendeiros absorver as perdas ocasionadas por mortes e doenças do que manter os animais em condições humanitárias.