Sou vegetariana por amor aos animais

Sou vegetariana por amor aos animais
COLHER OU MATAR, a escolha é sua

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro
todos seriam vegetarianos."

(Paul e Linda Mc Cartney)



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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Carnivorismo à luz do espiritismo

 Eliminar a carne animal do seu cardápio faz bem para a saúde? E para o espírito?
     Comer carne envolve uma necessidade fisiológica do orga­nismo, mas também implica em sacrifício de criaturas. Ao espírita, soma-se a preocupação de a prática atrasar a escalada evolutiva do espírito, face à materialidade da energia animalizada impregnada no corpo físico derivada da ingestão animal. Estudemos, pois, cada aspecto desse assunto em particular.

Responsabilidade
      Considerando a lei de amor e caridade ensinada pelo Cristo, obviamente temos uma responsabilidade grande em relação a todos os seres da criação, ampliando a solidariedade àqueles que nos são intelectualmente inferiores. Se o indivíduo torna-se vegetariano, movido por sincera afeição e respeito aos animais, sem dúvida chega ainda mais próximo do amor universal preconizado por Jesus, que nos ensinou o valor da chamada "família humana". Emmanuel, na obra O Consolador, nos coloca que devemos trabalhar "pelo advento dos tempos novos, em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores".

      Menos animalizada


      A literatura espírita diz que a alimentação frugal torna o perispírito menos animalizado, pois a alimentação carnívora traz uma carga de energia animalizada dos despojos ingeridos. Tanto assim que, ante a um tratamento magnético (passe ou cirurgia espiritual), é solicitado ao paciente que se alimente frugalmente durante todo o dia. O perispírito, menos denso, é mais facilmente manipulado pela espiritualidade em favor da cura. Enfim, é indicada uma alimentação menos animalizada? Sim, com benefícios para o próprio ser humano e também para a evolução da relação entre os seres da criação. É condição para a evolução do homem? Não, esta se dá pelos esforços morais que empreende rumo à vitória sobre si mesmo.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O agradecimento dos animais pelo Natal ...



Esqueça o oba-oba das lojas, os empurrões no trânsito e a expectativa de folga, bebida e comilança. Somente o olhar dos animais não humanos é verdadeiro, dentre o furacão que os engole com mais força, no final de cada ano. Os animais da pecuária encaram o fim de suas vidas – ‘eles nasceram para isso’ – enquanto contemplam o traseiro de um clone seu, nos bretes e corredores de concreto que antecedem a mesa farta preparada com tanto esmero pelas famílias de bom coração.
O olhar de quem não sabe chorar, já que a reza na hora do desespero é exclusividade na lista da racionalidade – essa qualidade que separa a humanidade das bestas-feras. O olhar de quem viu o filhote ser puxado para longe de si pelos funcionários da fazenda, esse lugar bucólico onde os animais são tratados como reis, já que optaram por isso em troca de suas liberdades.
O olhar do frango que está encaixotado, empilhado em um caminhão que passa na nossa frente quando estamos na estrada, rumo às férias. Perdemos um segundo, apenas, pensando nisso. Não há espaço para que ele nos dê um tchauzinho, talvez agradecendo pelo doce toque da morte que o aliviará e abreviará sua existência marcada pela ausência de mãe, confinamento, horários alterados para ditar o ritmo da engorda e opressão no dia a dia.
‘Obrigado, Papai Noel ou menino Jesus, por me tirar de um aviário com outras milhares de aves. Obrigado pela ração e água que mantiveram este corpo vivo, pois ele vale pelo preço que alguém paga. Não tem o valor que minha mãe, animal como eu, instintivamente perceberia, e por isso me defenderia, em condições normais. Aqui sou um entre milhares, e não parece fazer muita diferença se eu morrer agora ou esperar o caminhão dos caixotes. Nasci de uma máquina de ovos, mas espero encontrar minha mãe, ciscando a meu lado, algum dia.
Obrigado, Deus humano, pela corrente que sempre existiu em torno do meu pescoço, que não me permite caminhar até o horizonte. Ou até o ponto onde há sombra, onde a água da chuva não está empoçada. Agradeço pelos dias que lembraram da minha existência, e sobras de comida chegaram até onde esta corrente permitiu alcançar. Obrigado, Papai Noel, por ter sido escolhido como animal de estimação por uma família de humanos.
Obrigado, espírito natalino, por eu ter puxado tanta carroça em meio à fumaça de óleo diesel, fraco, assustado e sedento, que enfim eu tombei no asfalto. A última surra que tomei do carroceiro, para que eu me levantasse, permitiu que enfim meu espírito pudesse cavalgar livre naquelas campos verdes onde quadrúpedes iguais a mim, porém belos e com longas crinas, correm sentindo o vento da natureza. Acho que o esforço que fiz diariamente para tirar meu condutor da miséria, ou pelo menos diminuir sua pobreza, foi menos do que eu poderia, entao eu aceito meu castigo.
Obrigado, família do presépio, por eu ter sido o escolhido para, ainda bebê, estar na mesa de tantas residências, para ter meu pequeno corpo saboreado em uma bonita bandeja, assado e servido à meia-noite. Ainda não entendi por que nasci e morri tão rápido, se fiz algo errado a ponto de não poder crescer um pouco mais em um lugar que, onde vi, havia outros como eu, alguns bem gordos. Mal lembro da minha mãe, mas lembro que ela não podia se virar, cercada em um gradeado enquanto mamávamos. Talvez tenha sido azar, talvez tenha sido sorte.
Obrigado, meu Deus, por eu poder ajudar tanta gente a usar um xampu que não irrite os olhos, uma maquiagem que não cause problemas, um produto qualquer a ser dado de presente neste Natal, que nunca vou saber direito, que atendeu os humanos em suas expectativas mais simples. Estive em um laboratório, cercado de pessoas de jaleco branco, durante tempo suficiente para saber que sou parte importante do progresso, que a Ciência evoluiu graças à minha dor, meu aprisionamento e tudo aquilo que os produtos geraram nos meus olhos e no meu corpo. Fico grato por ter ajudado.
Obrigado, Maria, mãe de todas as mães que, zelosas como eu, dão leite a seus filhos durante anos, mesmo após o fim de sua amamentação natural. Minha vida neste estábulo, com úberes gigantes e doloridos, plugados em uma máquina, é o sacrifício que faço para a saúde humana. Não percebi, ainda, em minha mentalidade abaixo da humana, porque o leite de meus filhos vai para os filhos de outra espécie, e até quando já são adultos. Meu filhote não está mais ao alcance de minha vista, foi retirado cedo de meu lado, mas sei que o papel dele, como vitelo, ocupa espaço de respeito junto aos humanos. É alvo de muitos comentários e elogios. Pelo menos é o que imagino, pois o sacrifício é doloroso o suficiente para, respeitosamente, ousar questionar o porquê de minha existência. Mas agradeço mesmo assim, Papai Noel.
Obrigado pelas palmas cada vez que apareço no picadeiro. O olhar das crianças me faz esquecer a minha vida de tédio e imobilidade, viajando de cidade a cidade. Quem sabe um dia eu e os demais animais cheguemos ao lugar de onde viemos, que deverá ter muitas árvores, rios e espaços para correr. Enquanto isso, eu repito as manobras noite após noite, mostro os mesmos truques que, pela minha teimosia, eu custei a decorar. Quem sabe neste Natal eu ganhe uma última viagem, de volta ao habitat que jamais conheci em vida.
Obrigado, Natal, por eu poder aquecer tanta gente elegante em momentos de frio. Nasci peludo tal como minha mãe, e como ela pude participar da indústria humana, essa coisa que traz tanto progresso, dando de bom grado minha própria pele para que maridos mostrem afeto à esposa, presenteando-as com belos casacos. Muita gente famosa e rica usa a pele que pode ter sido minha. Isso me enche de orgulho e faz valer o tempo que morei em uma gaiola pouco maior que meu próprio corpo. Já estava cansado de andar em círculos, lembrando dos bosques que um dia corri de cima a baixo. Mas um dia veio a dor que, por pior que tenha sido, me libertou finalmente. Ainda relutei alguns minutos, já sem pele, mas vi que a liberdade me abraçava e escurecia minhas vistas. Acho que valeu a pena, pois sou fotografado e até apareço na televisão, durante o inverno – pelo menos acredito que aquelas partes sejam minhas, cobrindo o corpo de pessoas tão bonitas e famosas. Obrigado aos responsáveis.
Obrigado a todos que vieram me assistir nesta arena. Ainda estou zonzo e ofuscado pela luz após dias de escuridão, mas já entendi que, aqui, eu sou a atração. Há um semelhante a mim, porém sem chifres e mais magro, e nele está montado um humano, com roupas garbosas e armas tão afiadas como as que já furaram tantos iguais a mim. Eu espero que tudo isto termine logo, pois o cansaço está vencendo a euforia, há tanto sangue que já não sei se é meu ou de alguém antes de mim, e está difícil fazer levantar a plateia tantas vezes. Que a morte venha me tocar com a mesma doçura da última vez que fui tocado pela minha mãe. Ela deve estar orgulhosa de um filho que resistiu até o fim, cercado de espadas, aplaudido, sangrando ajoelhado, língua de fora mas fazendo questão de participar do show até o fim. Acho que os aplausos são para mim, já que os olhares convergem para onde estou. E eu não sei onde estou.

Obrigado, menino Jesus, por ter nascido e feito seus iguais perceberem a necessidade de haver uma festa em seu nome, para redenção e paz, onde eu seria assado em espeto e saboreado por tantas pessoas felizes, sorridentes e em clima de fraternidade. Jamais imaginei que, sem saber falar, sem ter tido escolhas, seria eu o ponto central dos churrascos de de final de ano de tantas empresas, entidades, famílias e grupos a confraternizar. Aguardei este momento sempre em espaços com arame farpado, tal como a coroa que um dia finalmente lhe puseram na cabeça, e usei argola no nariz para que um filho seu, fiel e devoto, me conduzisse para o lugar certo. Apanhei da vida, mas quem não apanhou? Sempre soube que uma vida de aperto, confinamento, marcação a ferro quente, castração a frio e morte sobre o concreto teriam um sentido maior. Obrigado por dar um norte a minha vida. Hoje, eu sou uma estrela.

Fonte: ANDA

sábado, 21 de dezembro de 2013

O peru pregador




Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperan­do-lhe também as divinas promessas. Tão ver­sado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.
De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.
Começava o comentário das lições do Evan­gelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.
O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranquilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.
As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram fran­gos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.
Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade.
Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.
Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração.
As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.
Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? não se afirmavam dis­cípulos dEle? precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?
O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no versículo quinze do capítulo sete, do Apóstolo Mateus, que esclarece: — “Acautelai-vos, porém, dos falsos pro­fetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”. Em seguida, o peru recitou o capítulo cinco do mes­mo evangelista, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.
Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Com o Natal se aproximando, começa a carnificina...

Milhões de porcos, perus, bois, coelhos, peixes, serão degolados, terão seus pescoços destroncados, corações esfaqueados, receberão marretadas na cabeça ou pistolas automáticas, uma carnificina sem precedentes, tudo para comemorar o nascimento Daquele que só falou de paz, amor e compaixão.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Natal sem violência

Faça sua ceia vegetariana, sem morte, dor e sofrimento no seu prato.
Isso é a verdadeira PAZ!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

SVB envia ofício para retratação da FOLHA de São Paulo por matéria tendenciosa


SVB solicita retratação da FOLHA DE SÃO PAULO por matéria tendenciosa veiculada

Leia mais sobre a polêmica aqui

Resposta na Folha de SP
http://www1.folha.uol.com.br/comida/2013/11/1376764-critico-da-folha-faz-dieta-vegana-por-uma-semana-veja-conclusoes.shtml

Esquizofrenia e desinformação são duas palavras que podem definir bem o texto de Josimar Mello no caderno Comida na Folha de São Paulo de 27/11/2013
Esquizofrênico porque o autor defende ao longo de todo o texto a pseudonecessidade de nos alimentarmos de alimentos de origem animal e a importância do “respeito” à cadeia alimentar (o que na visão desinformada dele significa comer animais) e conclui afirmando que “o respeito aos animais que nos alimentam incute um prazer espiritual que deve acompanhar o ato de comer".

Desinformado ou mal informado? Talvez seja por não ter pesquisado o assunto que o crítico da FSP afirme que uma alimentação vegana não é capaz de suprir os nutrientes necessários ao organismo humano. Como nutricionista especializado em dietas vegetarianas posso afirmar que a dieta vegana não somente é possível (e com facilidade) como também traz vantagens ao organismo. Ou talvez ele tenha se informado, mas baseado em textos de nutrição datados de meados do século passado. Atualmente até o Conselho Regional de Nutricionistas (que não é o órgão mais flexível dentro da nutrição) afirma que uma dieta vegana é viável para qualquer fase da vida. Portanto, dizer que o autor está desatualizado é pouco.

Desinformado também ao afirmar que Peter Singer é “a principal referência dos veganos”. Se alguma coisa, Peter Singer é abominado pelos veganos. Aliás, nem vegano é. Sua teoria utilitarista legitima o consumo de animais de acordo com a “forma” como foram criados e em alguns casos defende até mesmo a zoofilia (sexo com animais). Josimar Mello escolheu justamente um filósofo torto para apontá-lo como “referência" no movimento. Mais uma vez, deve ter sido fruto de alguma pesquisa rasa, sempre característica dos seus textos.

Talvez, conflitado com a sua falta de criatividade gastronômica e desprovido da capacidade de um olhar atento para as infinitas possibilidades a que um vegano tem acesso no cotidiano das grandes cidades, Josimar Mello tenha sentido a necessidade de relatar a sua experiência como negativa. Para isso, provavelmente digitou “veganismo e suas contraindicações” em algum site de buscas e baseou o seu texto (que aliás, ao contrário do que propõe o título, em nada está relacionado com a sua experiência de ter ficado uma semana sem comer ingredientes de origem animal) nas primeiras informações rasas que encontrou, como aliás já mostrou ser a sua característica sempre que se (in)dispõe a escrever sobre o tema.

Nos últimos anos (são anos Josimar, não são semanas), a gastronomia vegana tem recebido prêmios de destaque em concursos dos quais participam também chefs com preparações com carnes. Atletas veganos têm conquistado medalhas em provas de extrema resistência. Celebridades têm aderido e relatado a melhora na sua saúde (e na sua consciência). Estudos científicos conduzidos por profissionais da área da saúde têm corroborado as vantagens da adoção de uma alimentação baseada exclusivamente em vegetais. A imprensa tem tratado o tema com seriedade e imparcialidade. Mas ainda há aqueles que, por colocarem os seus vícios pessoais acima do compromisso com a sua profissão usurpam a ingenuidade do público que neles depositam a sua confiança e assim facilitam a aceitação da sua própria incapacidade em aceitar o novo, o saudável e o ético.

Dr George Guimarães  Nutricionista especializado em dietas vegetarianas
www.nutriveg.com.br (11) 5585-3475