Sou vegetariana por amor aos animais

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COLHER OU MATAR, a escolha é sua

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro
todos seriam vegetarianos."

(Paul e Linda Mc Cartney)



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sábado, 29 de outubro de 2016

Sobre a dor das plantas e o veganismo

David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

Sobre a dor das plantas e o veganismo

Por causa de veganos e vegetarianos que campanhas a favor da preservação da natureza são encampadas
Estudos sobre a dor das plantas ainda são inconclusivos (Foto: Reprodução)
Estudos sobre a dor das plantas ainda são inconclusivos (Foto: Reprodução)
Uma das imagens que mais tenho visto compartilhada por pessoas que não são vegetarianas ou veganas é uma que induz à ideia de que as plantas sentem dor. E isso curiosamente, embora até então não tivesse nenhum respaldo científico, hoje vai ao encontro de uma matéria controversa e de interpretação variegada publicada pela Deutsche Welle, na Alemanha, envolvendo um trabalho de pesquisadores do Instituto de Física Aplicada da Universidade de Bonn.
Embora o título da matéria, também veiculada no Brasil e em Portugal, dê a entender, logo no título e na linha fina, talvez como chamariz, que as plantas sentem dor, o próprio trabalho informa que não é bem assim. O estudo, encampado por cientistas da área de física aplicada, não de biologia, é baseado em sinais de comunicação, e responder a um sinal de comunicação não é atestado de sensibilidade.
Ainda assim, não deixa de ser um trabalho relevante quanto à captação e transmissão de estímulos. Porém, se pensarmos nos animais, já foi provado que eles têm sensibilidade inclusive superior à humana pelo fato de serem incapazes de racionalizar as próprias emoções. Logo eles sentem dor, e muita, algo que é provado independente da ciência.
Mesmo usando o método acústico-etileno, os pesquisadores alemães também não conseguiram provar que plantas têm sentimentos. Já os animais, sabemos que sim. Ademais, animais têm vida social complexa como as dos seres humanos, basta ver a forma como eles se relacionam com seus filhos.
Além disso, é um equívoco muito comum alguém crer que veganos e vegetarianos não atribuem valores às plantas. Muito pelo contrário. É justamente por causa de veganos e vegetarianos que muitas campanhas contra o desmatamento e a favor da preservação da natureza são encampadas. Ninguém combate mais isso do que pessoas que se recusam a consumir alimentos de origem animal, já que a destruição da natureza hoje em dia está mais relacionada à crescente destinação de espaço para a criação de animais e produção de ração.
Conversando sobre esse assunto, dias atrás um amigo me perguntou o que eu faria se hipoteticamente fosse provado que as plantas sentem dor. Bom, eu continuaria trilhando meu caminho, já que um vegano precisa de uma área 18 vezes menor para se alimentar do que quem não é. Minha prioridade é proporcionar o menor impacto possível aos seres vivos enquanto eu viver, e vou me adaptando às novidades sem problema algum. Jamais desconsiderei a importância das plantas. Penso que tudo que compõe a natureza é belo e essencial à sua maneira, independente de níveis de sensibilidade.
Comentei também que acho um grande erro qualificar um vegano como elitista ou elitizado, porque acredito que é exatamente para não parecer assim que muitos aderem ao veganismo. Considero até uma contradição chamar um vegano de elitista. No meu caso, tento viver sob o princípio da igualdade – não me sinto superior a nenhum animal. Por isso optei por não me alimentar deles. É um estilo de vida que condiz com a minha essência, e não falo só de valores morais e éticos. Acredito que muitas pessoas já nascem para o veganismo, mas muitas vezes só descobrem isso muito tempo depois, quando notam ou sentem os sinais que os levam para esse caminho.

sábado, 22 de outubro de 2016

Parabéns à ministra Carmen Lúcia

Fonte: VISTA-SE


Durante o programa Roda Viva, que foi ao ar na noite dessa segunda-feira (17), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a afirmar publicamente que considera as vaquejadas como atividades que causam maus-tratos aos animais.
Indagada pela jornalista Eliane Cantanhêde, do jornal O Estado de S. Paulo, a respeito de seu voto contra a realização de vaquejadas durante um julgamento no STF, a ministra reafirmou sua posição. Ela explicou que os vídeos das vaquejadas foram fundamentais para que ela entendesse que se trata mesmo de algo cruel com os animais.
“Quando começou o julgamento – antes eu tinha apenas lido os textos memoriais –, eu até achei que era algo festivo, cultural. Mas quando eu fui assistir ao que eles fazem com o touro, aí era impossível, porque aí põe em estado mesmo de sofrimento. Foi por isso que eu votei.”– disse.
Outro aspecto que ela considerou relevante para tomar sua decisão de ser contra as vaquejadas é a insensibilização ao sofrimento humano e animal que eventos assim ocasionam.
“Tudo que põe em estado de sofrimento animal, inclusive passa para o ser humano uma abertura para ele também se tornar mais e mais insensível com o sofrimento. E a insensibilidade com o sofrimento de um animal passa para a insensibilidade com outro ser humano e nós estamos vendo em que sociedade nós estamos vivendo, em que a vida, no final, fica valendo pouco.” – finalizou a ministra.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Agropecuarista defende mais florestas para combater a falta de água


O Brasil se gaba de ser o maior exportador de carnes do mundo!
Mas o preço é alto demais: nossas florestas dizimadas para se transformarem em pastos e nossos recursos hídricos acabando para abastecer a pecuária de corte.
E as plantações de soja ( para alimentar o gado) dominando tudo!

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As secas prolongadas que têm afetado diversos estados e levado à iminência de racionamento na maior cidade do país, São Paulo, não se resolverão só com a volta das chuvas. É preciso reflorestar as nascentes e margens dos rios para garantir um suprimento de água confiável e perene.
O alerta não vem de setores ambientalistas mas de um segmento durante muitos anos associado à derrubada das matas: os agropecuaristas.
A segurança hídrica afeta não só as torneiras da população, mas coloca em risco o próprio negócio dos fazendeiros, que precisam de água abundante para irrigar suas plantações.
A opinião foi externa desta segunda-feira (25) pelo diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Alberto Figueiredo, em entrevista à Agência Brasil.
“O que acontece é que a escassez de água, neste momento, está recrudescendo. Está acontecendo de fato e deixando milhares de pessoas na sede. O fato se tornou grave e alarmante. Isso não acontece na intensidade que deveria, e pode fazer com que crescentes contingentes de pessoas fiquem sem água”, alertou Figueiredo.
A escassez de água e a diminuição dos cursos d’água acabam por inibir novos projetos de irrigação e afetam as iniciativas existentes no campo, segundo o diretor da SNA.
“A gente sabe que as produções, tanto agrícolas quanto pecuárias, sem irrigação, tornam o processo extremamente difícil em termos de produtividade”, disse.
Para ele, os governos deveriam incentivar, monetariamente, os fazendeiros a replantarem as áreas de preservação permanente, principalmente as encostas. As matas nesse tipo de terreno têm a função de reter e fazer infiltrar as chuvas, evitando que grande volume de terra acabe assoreando os córregos e rios.
Segundo Figueiredo, “o novo Código Florestal diminuiu as exigências de reflorestamento em áreas declivosas, o que é grave, pois são terrenos que não dão produtividade nem para a pecuária nem para a agricultura, e se prestam efetivamente para as florestas.
O que precisamos é fazer funcionar um dos artigos do Código Florestal que permite remunerar os produtores que fizerem conservação de recursos hídricos, pela manutenção das matas ciliares, ao redor das nascentes e também nas encostas.
O dirigente da SNA também prega o aumento da produtividade na criação de gado, colocando mais animais em espaço menor e abrindo área para o reflorestamento.
Pelas suas contas, “hoje temos 1,2 cabeça de boi por hectare, em média, no Brasil. Já estamos conseguindo, em algumas propriedades, 15 cabeças por hectares. Podemos multiplicar por dez, no mínimo, a produtividade, ou diminuir em 90% a área ocupada, mantendo a mesma produção. Esta área que vai ser liberada, a partir da racionalização do uso do solo, vai permitir que se recomponham as matas”, conclui.
Por Agência Brasil

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Vaquejada agora é crime!

 O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (6) derrubar uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada, tradição cultural nordestina na qual um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo pela calda.
Por 6 votos a 5, os ministros consideraram que a atividade impõe sofrimento aos animais e, portanto, fere princípios constitucionais de preservação do meio ambiente.
O governo do Ceará dizia que a vaquejada faz parte da cultura regional e que se trata de uma atividade econômica importante e movimenta cerca de R$ 14 milhões por ano.
Apesar de se referir ao Ceará, a decisão servirá de referência para todo o país, sujeitando os organizadores a punição por crime ambiental de maus tratos a animais.
Caso algum outro estado tenha legalizado a prática, outras ações poderão ser apresentadas ao STF para derrubar a regulamentação.
Votaram contra a vaquejada o relator da ação, Marco Aurélio, e os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski.
A favor da prática votaram Edson Fachin, Gilmar Mendes, Teori Zavascki, Luiz Fux e Dias Toffoli.
Explicando a Vaquejada:
 Os peões usam luvas com espinhos  de aço ponteagudos, e montados à cavalo, procuram derrubar o bovino, com forte puxão pelo rabo. Ao peão que conseguir arrancar o rabo é dado inclusive prenda ou prêmio. 
Provas de laço, estrangulam aos animais e a tração, pela corda, derrubam aos animais causando hematomas e não raro ruptura de ossos, inclusive na coluna. E muitas vezes o rabo quebra em vários lugares torturando o animal.