Ivana Maria França de Negri
Não sou de discutir e nem de me envolver
em política, não é a minha praia. Mas tenho ciência de que a política rege
todos os segmentos da sociedade e acaba afetando a nossa vida de uma forma ou
de outra.
Ao ser questionada por uma amiga sobre
qual partido eu me encaixo, respondi prontamente: PA – Partido dos Animais.
Acabei postando isso no facebook, sobre o “meu partido”. Recebi centenas de
“curtir” e inúmeros comentários favoráveis de pessoas apoiando e quase 200
compartilhamentos, que continuam aumentando. Se os candidatos soubessem quão
imenso é o contingente de pessoas a favor dos animais e do meio ambiente, certamente
se voltariam a esses grupos com mais empenho.
Os protetores de animais são pessoas de
todas as classes, de profissões diferentes, mas unidas por um mesmo ideal. E
defendem a causa apaixonadamente, com ardor, e jamais mudariam de lado. Muitas vezes os protetores são acusados de malucos ou simplesmente
desocupados. Mas não deixam seus postos de protetores por nada, mesmo não contando
com nenhum patrocínio e ajuda de ninguém, a não ser de outros protetores.
Determinados, sempre prontos para colocar a mão na massa, fazem a diferença.
Esse contingente enorme de eleitores
certamente tem potencial para eleger prefeitos, vereadores e deputados.
Não é apenas uma rede de proteção
restrita a cães e gatos abandonados, mas algo bem mais amplo, que se estende a
muitas outras áreas de atuação como animais silvestres, comércio de animais,
animais de tração, verificação de maus tratos em circos, rodeios, vivissecção, atuação
dos CCZs, fiscalização de matadouros e criadores de animais, e engloba até
implantar a campanha mundial Segunda sem Carne na merenda escolar, a exemplo
das grandes capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, que já o
fizeram a fim de despertar nas crianças a consciência e também levá-las ao
descobrimento de novos sabores, de novas formas de se alimentar que farão muito
bem à sua saúde e à do planeta, pois o que diz respeito aos animais, está
estreitamente relacionado com saúde pública e meio ambiente.
Defensores dos animais costumam lotar
sessões camarárias, expõem sua opinião nos jornais, criam ongs atuantes e
cobram políticas públicas e leis mais severas, já que não existe punição aos maus
tratos, só penas brandas como doação de cestas básicas.
Esperamos a manifestação de todos os
candidatos para saber o que têm a oferecer por esta causa, quais serão seus
pontos de atuação para minimizar os problemas relacionados ao sofrimento
animal. E isso engloba trabalhar na educação e conscientização, não somente tentar
sanar os problemas já existentes. Animais abandonados são reflexo da desinformação
e ignorância da sociedade.
Na Holanda, o partido político Party for
the Animals foi o primeiro a ser criado no mundo e um dos mais respeitados. Em
Portugal existe o PAN – Partido dos Animais e da Natureza, que luta por essas
causas e tem milhares de eleitores fiéis e seguidores nas redes sociais.
Um dia a gente chega lá! E certamente, aparecerão
muitos críticos a este texto. Mas se
existem partidos para todas as áreas humanas,
por que não ter um que cuide dos interesses dos animais? A
sociedade precisa olhar esses seres de uma forma diferente, como parte
integrante do planeta e não como meros objetos sujeitos aos caprichos do homem,
como se não sentissem dor, fome, sede, frio, tudo o que o ser humano sente.
Lembrando que animais não votam, mas
seus donos e protetores, sim!
Ivana
ResponderExcluirEstou, aproveitando o dia do veterinário, pessoa que cuida e salva vidas, para enviar este texto para todos os amigos e pessoas com as quais tenho contato, como sugestão de voto. Todos são pessoas que podem motivar ações, aos que estão na inércia da emoção, pela dor dos animais. Um voto em favor da vida, do amor do respeito. Um texto que alerta a falta de dignidade dada aos seres, que não são objetos de nossos prazeres, são vidas. E a vida é um bem único para todos os seres, como a nossa é para cada um de nós. Beijo com carinho, respeito e admiração pela sua luta em defesa dos animais. Maria José Soares