Por que os animais têm esse papel tão importante no surgimento de novos patógenos?
É uma questão de proximidade evolutiva. Nós somos muito mais próximos de animais do que de plantas. Um vírus, uma bactéria ou um fungo que infecta uma planta tem que ter mecanismos biomoleculares para infectar uma célula vegetal, que é bastante diferente de uma célula animal como a nossa. Não é que não exista, mas é muito difícil que um patógeno adaptado para infectar a célula de uma planta faça um salto tão grande para uma célula tão diferente.
É uma questão de proximidade evolutiva. Nós somos muito mais próximos de animais do que de plantas. Um vírus, uma bactéria ou um fungo que infecta uma planta tem que ter mecanismos biomoleculares para infectar uma célula vegetal, que é bastante diferente de uma célula animal como a nossa. Não é que não exista, mas é muito difícil que um patógeno adaptado para infectar a célula de uma planta faça um salto tão grande para uma célula tão diferente.
Os sistemas de criação intensiva também contribuem para a disseminação dos patógenos. Neles, os animais são criados em altas densidades e a transmissão viral de um animal para o outro é facilitada. São também mais propensos a infecções, pois estão imunossuprimidos e em condições crônicas de estresse, pelas intervenções que eles sofrem, a alta densidade, a falta de estímulos sociais, a homogeneidade genética e a falta de luz. E estão em ambientes fechados, nos quais os excrementos são depositados no próprio local e evaporam. A qualidade do ar costuma ser muito baixa, com alta concentração de amônia fecal e uma série de outros poluentes. Isso prejudica a primeira barreira de defesa contra infecções, que é o trato respiratório.