Risca o rosto do peão
Esse vento que fustiga,
Sol a pino, estradão,
Tange o boi pela campina.
Não há onça, nem leão,
Mas o medo o castiga,
Tanta vida e solidão
No silêncio uma cantiga.
Chora a alma, o corpo briga,
Mas não há outra opção.
O cortejo assim avança,
Vai a res pro matadouro
E com chicote de seu couro,
Estalando em suas ancas
Não recebe compaixão...
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