Sou vegetariana por amor aos animais
"Se os matadouros tivessem paredes de vidro
todos seriam vegetarianos."
(Paul e Linda Mc Cartney)
todos seriam vegetarianos."
(Paul e Linda Mc Cartney)
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segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Churrasco de carneiro - onde a compaixão?...
O sétimo mandamento é :"Não Matarás"
Será que isso se aplica apenas para os seres humanos? Se toda vida foi criada pelo mesmo Deus?
Fonte: Vegetarianos e Vegetarianas Facebook
Será que isso se aplica apenas para os seres humanos? Se toda vida foi criada pelo mesmo Deus?
E pensar que Cristo é representado por um cordeiro... |
Gente sem um pingo de compaixão |
Como alguém pode ter coragem de assassinar um ser vivo para comer seu cadáver? Isso é "humano"? |
Pessoas insensíveis, que devem ter uma pedra no lugar de coração |
Como os humanos podem sentir prazer em comer o cadáver de um ser que muito sofreu antes de morrer? |
Fonte: Vegetarianos e Vegetarianas Facebook
sexta-feira, 24 de maio de 2013
CONCURSO VOLUNTÁRIO CULTURAL-ARTÍSTICO-EDUCACIONAL
Apoio SOS RIOS DO BRASIL
ATITUDE AMBIENTAL
Concurso Voluntário Cultural-Artístico-Educacional
Sobre o MEIO AMBIENTE
Destinado aos residentes do Estado de São Paulo
Modalidades:
DESENHO * PINTURA * LITERATURA
FOTOGRAFIA * AUDIOVISUAL * MÚSICA MODA SUSTENTÁVEL * ARTE DRAMÁTICA * CULINÁRIA NATURAL
Inscrições de 27 de Maio à 04 de Junho de 2013
Uma iniciativa de CONCEIÇÃO PRAUN
Este concurso internacional e de caráter voluntário, sem fins lucrativos, acontece anualmente (em homenagem ao 05 de Junho, (Dia Mundial do Meio Ambiente), este foi idealizado por Conceição Praun (Escritora, Fotógrafa, Cineasta e Produtora Internacional), e inaugurado no ano de 2011 em Cuba, intitulado “CAMINATA POR EL AMBIENTE” e no ano seguinte de 2012, aconteceu na cidade de Nova York, sob o título de “WALK ENVIRONMENT AWARDS”.
Participe enviando o seu ponto de vista sobre o Meio Ambiente
Aberto a um público ilimitado desde diferentes gêneros, gerações (idades) ao nível educacional (acadêmico), social ou deficiência fisica,residentes do Estado de São Paulo.
Um grupo de voluntários especialistas em diferentes áreas selecionarão três trabalhos por modalidade, totalizando 27 trabalhos ganhadores, que serão expostos online.
As inscrições acontecerão nas datas de 27 de Maio à 04 de Junho de 2013, via online meioambientebrasil@hotmail.com sem taxa de inscrição (totalmente gratuito).
A cada participante é permitido enviar um trabalho por modalidade, podendo participar em quantas modalidades quiser. Será sorteado entre os 27 ganhadores um final de semana com acompanhante na Pousada das Hortencias em Capivari, Campos do Jordão - SP.
MODALIDADES:
MODALIDADES:
DESENHO
Tamanho e Técnica livre Preto e Branco ou Colorido
PINTURA
Tamanho e Técnica livre Preto e Branco ou Colorido
LITERATURA
Até 3 páginas (A4)
Até 3 páginas (A4)
FOTOGRAFIA
Tamanho e Técnica livre Preto e Branco ou Colorido
AUDIOVISUAL
Duração de 3 até 15 minutos em Preto e Branco ou Colorido
Duração de 3 até 15 minutos em Preto e Branco ou Colorido
MÚSICA
Duração livre (Letra)
Duração livre (Letra)
MODA SUSTENTÁVEL
Peça de Roupa, Sapato ou Acessório (Foto ou Vídeo)
ARTE DRAMÁTICA
Duração de 3 até 15 minutos Preto e Branco ou Colorido (Vídeo)
CULINÁRIA NATURAL
Receitas até 2 páginas (A4)
quinta-feira, 23 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Queijo de macadâmia ( receita vegana)
Aprenda a fazer este delicioso aperitivo sem naad de origem animal
A culinarista Valéria Elena Paioli, de Bragança Paulista-SP, demonstra como se faz o queijo de macadamia, em uma adaptação da receita original da culinarista campineira Renata Octaviani. Receitas de queijos veganos normalmente parecem difíceis, mas o vídeo mostra que esta é realmente simples.
Queijo de macadâmia receita aqui
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Exemplo de Mãe
Scarlett |
Ela era apenas uma gata de pelos curtos, sem eira nem beira e sem nome, com cinco filhotinhos, tentando sobreviver nas ruas pobres de um bairro de Nova York.
A história da gata Scarlett era comum até do dia 29 de março de 1996.
Vivia numa garagem abandonada de um subúrbio de Nova York e alimentava-se de restos de comida que encontrava pelas redondezas. Naquela ocasião ela estava com sua ninhada de cinco filhotes quando às 6 horas iniciou-se um grande incêndio no local. A divisão 175 do corpo de bombeiros foi acionada e logo o incêndio foi debelado. O bombeiro David Giannelli conta que por diversas vezes a gata entrou no local para resgatar seus filhotes e a cada filhote as queimaduras eram ainda piores.
foto do local |
Quando chegaram à Liga de Animais North Shore, ela estava morre-não-morre. O relato continuou:
"Deram-lhe medicamentos para combater o choque. Colocaram um tubo intravenoso cheio de antibiótico na heróica felina, e, delicadamente, passaram pomadas antibióticas nas queimaduras. Daí, ela foi colocada numa gaiola com câmara de oxigênio para ajudar a respiração, e todo o pessoal da liga de animais ficou em suspense... Em 48 horas, a heroína já conseguia sentar-se. Seus olhos inchados se abriram e, segundo os veterinários, não tinham sofrido nenhuma lesão".
Fonte: Jornal Defesa dos Animais
terça-feira, 14 de maio de 2013
Mulher agride filhote de poodle e incita o filho a fazer o mesmo em Porto Alegre
A notícia
go.tieze@zerohora.com.br
Após mobilizar inúmeras pessoas nas redes sociais e no condomínio onde mora, amulher flagrada agredindo um filhote de cachorro da raça poodle deve ser ouvida pela Polícia Civil nesta terça-feira. A ocorrência está com a Delegacia de Polícia para Crianças e Adolescentes Vítimas de Delitos (DPCAV), que deve investigar tanto os maus tratos contra as crianças quanto as agressões ao animal.
Fonte: Último segundo
Fonte: Último segundo
segunda-feira, 13 de maio de 2013
É ambientalista, mas come carne?
Um conjunto de fatos sobre o desmatamento e o consumo de carne e outros produtos de origem animal
Por Thiago Fonseca | Comer não é só uma questão de matar a fome. A decisão sobre que comida colocar no prato tem implicações econômicas, ambientais, éticas, culturais, fisiológicas, filosóficas, históricas, religiosas. Neste texto, abordaremos as implicações ambientais da decisão de comer carne.
Se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo. É que os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43.000 litros de água. Já um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água.
Sem falar que damos grande parte dos vegetais que produzimos aos animais. Um terço dos grãos produzidos no mundo vira comida de vaca. No Brasil, o gado quase não come grãos – graças ao clima, é criado solto e se alimenta de grama. Mas boa parte da nossa produção de soja, uma das maiores do mundo, é exportada para ser dada ao gado que está lá. Outra questão é que a pecuária bovina estimula a monocultura de grãos. Num mundo vegetariano, haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome.
E não se trata só de comida. A pecuária esgota o planeta de outras formas. “Para começar, ocupa um quarto da área terrestre e não para de se expandir”, diz o ativista vegetariano Jeremy Rifkin. A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto. Entre os danos ambientais causados pelo gado, está também o aquecimento global.
As pessoas deveriam considerar comer menos carne como uma forma de combater o aquecimento global, segundo o principal cientista climático da Organização das Nações Unidas (ONU). Números da ONU sugerem que a produção de carne lança mais gases do efeito estufa na atmosfera do que o setor do transporte.
A Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO) estima que as emissões diretas da produção de carne correspondem a 18% do total mundial de emissões de gases do efeito estufa. Esse número inclui gases do efeito estufa liberados em todas as etapas do ciclo de produção da carne – abertura de pastos em florestas, fabricação e transporte de fertilizantes, queima de combustíveis fósseis em veículos de fazendas e emissões físicas de gado e rebanho. O transporte, em contraste, responde por apenas 13% da pegada de gases da humanidade, segundo o IPCC.
Pesquisas mostram que as pessoas estão ansiosas sobre suas pegadas de carbono e reduzindo as jornadas de carro, por exemplo, mas elas talvez não percebam que mudar o que está em seu prato pode ter um efeito ainda maior.
Parar de comer carne sempre foi a bandeira dos vegetarianos. Suas razões eram principalmente a saúde humana e os direitos dos animais. Hoje, o foco mudou. “Agora o meio ambiente pesa na decisão de não comer carne”, diz o biólogo Sérgio Greif, da Sociedade Vegetariana Brasileira.
Um dos mais expoentes adeptos da campanha por menos carne e mais florestas é o biólogo americano Edward Wilson, da Universidade Harvard. Segundo ele, só será possível alimentar a população mundial no fim do século se todos forem vegetarianos. “O raciocínio é matemático”, diz Greif. A produção de grãos de uma fazenda com 100 hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho. Se a produção dessa área for usada para ração bovina ou pasto, a carne produzida alimentaria o equivalente a oito pessoas. A criação de frangos e porcos também afeta as florestas. Para alimentá-los, é necessário derrubar árvores para plantar soja e produzir ração. Mas, na relação custo-benefício entre espaço, recursos naturais e ganho calórico, o boi é o pior.
O gado tem sido considerado o grande vilão da Amazônia. Hoje, o Brasil mantém 195 milhões de bovinos. Há mais bois que pessoas. Cerca de 35% desse rebanho está na Amazônia. Para alimentar o gado, os pecuaristas desmataram uma área de 550 quilômetros quadrados, o equivalente ao estado de Minas Gerais. Criados livres no campo, sem ração, os bois precisam todo ano de novas áreas derrubadas para a formação de pasto.
A pecuária na região está ligada à ocupação irregular de terras públicas. As terras da região pertencem ao Estado e em sua maioria foram tomadas na forma de posse. “Sem ter de pagar pela terra, fica mais barato produzir lá que no Sul e no Sudeste”, diz Paulo Barreto, do Imazon. Para comprovar a posse da área tomada, o fazendeiro precisa mostrar que a terra é produtiva. “Para isso também servem os bois”, afirma Barreto.
Resultado de cinco meses de trabalho, os números de um estudo coordenado por Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Roberto Smeraldi, da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, mostram que, em 2005, a emissão de gases-estufa (GEE) da pecuária representou 48% do total brasileiro. A atividade emitiu 1,055 bilhão de toneladas de GEE sobre 2,203 bilhões do total nacional, número do tão esperado inventário brasileiro de emissões, divulgado só recentemente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
“A diferença desse estudo em relação às abordagens estatísticas tradicionais é que elas dividem as emissões por categorias, e nossa abordagem é pela cadeia de um produto específico”, explicou Smeraldi. “Então ela é transversal, porque envolve uso da terra e fermentação entérica (basicamente, arroto de boi e vaca), por exemplo, processos que estão separados no inventário.”
Um quilo de carne industrializada significa 300 quilos de gás-estufa emitido, e esses 300 kg custam R$ 10 no mercado de carbono. Assim, é a primeira vez que a chamada “pegada de carbono” de um produto específico, no caso a carne bovina, é calculado. Pegada de carbono é a quantidade de gás-estufa liberada direta ou indiretamente por uma certa atividade. “O interessante desses dados é que eles podem começar a traduzir toda a situação para o consumidor, a dona de casa, o investidor”, comentou Smeraldi.
“Essa é a diferença de ter números sobre categorias e números sobre produtos: 1 quilo de carne industrializada significa 300 quilos de gás-estufa emitido, e esses 300 kg custam R$ 10 no mercado de carbono. É mais do que o custo da própria carne por quilo no atacado (o kg do dianteiro custa R$ 3,60; do traseiro, R$ 5,90)”, disse o especialista.
“Como investidor eu posso raciocinar que, se a carne tivesse que pagar o CO2 que emite, ficaria inviável. Por outro lado, se seguir boas práticas, posso reduzir uma barbaridade essa emissão e vender o CO2 poupado no mercado de emissões por um preço superior ao da carne. Frigorífico pode fazer mais dinheiro vendendo redução de carbono do que vendendo a própria carne.”
No topo absoluto da cadeia alimentar, os seres humanos se dão ao luxo de comer de tudo, mas a um preço elevado: a pesca maciça está levando as espécies marinhas à extinção, e a piscicultura polui a água, o solo e a atmosfera – o que precisa fazer com que mudemos de hábitos. Alimentar a humanidade – nove bilhões de indivíduos até 2050, segundo as previsões da ONU – exigirá uma adaptação de nosso comportamento.
Mesmo que seja fonte essencial de proteínas, a carne bovina não é “rentável” do ponto de vista alimentar: são necessárias três calorias vegetais para produzir uma caloria de carne de ave, sete para uma caloria de porco e nove para uma caloria bovina. Dessa maneira, mais de um terço (37%) da produção mundial de cereais serve para alimentar o gado – 56% nos países ricos – segundo o World Ressources Institute.
Seria o caso, então, de reduzir o consumo de carne e substituí-lo pelo peixe? Os oceanos não podem ser considerados uma despensa inesgotável, estimou Philippe Cury, diretor de pesquisas do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD). O número de pescadores é duas a três vezes superior à capacidade de reconstituição das espécies. No atual ritmo, a totalidade das “espécies comerciais” haverá desaparecido em 2050.
A agricultura, particularmente produtos de carne e laticínios, é responsável pelo consumo de cerca de 70% da água doce do mundo, 38% do uso de terra e 19% das emissões de gases estufa. Espera-se que os impactos da agricultura cresçam substancialmente devido ao crescimento da população e o crescimento do consumo de produtos animais. Ao contrário dos combustíveis fósseis, é difícil produzir alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial de impactos somente seria possível com uma mudança de dieta, eliminando produtos animais.
Um painel de especialistas categorizou produtos, recursos e atividades econômicas e de transporte de acordo com seus impactos ambientais. A agricultura se equiparou com o consumo de combustível fóssil porque ambos crescem rapidamente com o maior crescimento econômico. O professor Edgar Hertwich, principal autor do relatório, disse: “Produtos animais causam mais dano que produzir minerais de construção como areia e cimento, plásticos e metais. Biomassa e plantações para animais causam tanto dano quanto queimar combustíveis fósseis.”
A diminuição do consumo de carne e leite em todo o mundo levaria, até 2055, a uma redução de 80% das emissões de gases que agravam o efeito estufa no setor agropecuário. A conclusão é de um estudo divulgado pelo Instituto de Estudos das Mudanças Climáticas de Potsdam, na Alemanha.
O coordenador do estudo, Alexander Popp, afirma que “a carne e o leite podem realmente fazer a diferença”. A explicação, segundo ele, é que uma redução no consumo desses itens levaria a uma queda nas emissões de dois dos gases que mais agravam o aquecimento: o metano e o óxido de nitrogênio. Esses gases são lançados na atmosfera durante a fertilização dos campos agrícolas e na produção de ração para alimentar vacas, ovelhas e cabras, entre outros animais.
Dito isso, fica a pergunta: o que você quer fazer com o planeta? Cuidar dele ou devorá-lo?
REFERÊNCIAS
http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_120220.shtml
http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/09/07/ult4909u5467.jhtm
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EDG77074-6010,00.html
http://terramagazine.terra.com.br/blogdaamazonia/blog/2009/12/10/metade-das-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa-do-brasil-vem-da-pecuaria/
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4281337-EI294,00-Terra+e+incapaz+de+acompanhar+ritmo+atual+de+consumo+de+carnes+e+pescado.html
http://www.guardian.co.uk/environment/2010/jun/02/un-report-meat-free-diet
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,emissoes-estao-ligadas-a-consumo-de-carne-e-leite,573630,0.htm
http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2011/11-08-26_An%C3%A1lise%20do%20aumento%20do%20desmatamento%20no%20MT.pdf
http://super.abril.com.br/superarquivo/2002/conteudo_120220.shtml
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http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2011/11-08-26_An%C3%A1lise%20do%20aumento%20do%20desmatamento%20no%20MT.pdf
domingo, 12 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Coisas que nunca vou entender...
Por que um recebe carinho e o outro vira comida?
Se ambos gostam de carinho, sentem fome, sede e dor? Por que esses hipocrisia?
Jamais vou entender...
Se ambos gostam de carinho, sentem fome, sede e dor? Por que esses hipocrisia?
Jamais vou entender...
terça-feira, 7 de maio de 2013
Você é aquilo que come
Se você se alimenta de frutas, legumes e verduras, será um ser mais pacífico, ao passo que as carnes o deixarão com índole mais violenta, posto que se alimenta da violência de um abatedouro, do medo dos animais e de sua revolta.
sábado, 4 de maio de 2013
Caça ilegal mata o último rinoceronte de Moçambique
A população de rinocerontes em Moçambique foi dizimada há mais de um século pela caça. Recomposta anos atrás, os animais estão mais uma vez perto da extinção no país, por causa do aumento da caça ilegal motivada pela procura de seus chifres na Ásia.
Um especialista disse à AP que o último rinoceronte do país africano já foi morto. O diretor do Parque Transnacional do Grande Limpopo – o único local onde os animais viviam em Moçambique — também afirmou que os responsáveis pelo fim da espécie são os caçadores ilegais. Já o diretor do departamento de Conservação do governo moçambicano acredita que ainda restem alguns poucos exemplares da espécie no país.
Elefantes também estão em perigo, segundo Antonio Abacar, chefe da reserva de Limpopo. Seus guardas florestais estariam ajudando os caçadores, e 30 dos 100 funcionários vão prestar depoimento às autoridades em breve.
“Pegamos alguns em flagrante, enquanto guiavam os caçadores por uma área de rinocerontes”, disse.
Um guarda florestal preso por cooperar com caçadores na reserva de Niassa, no norte do país, afirmou à TV moçambicana que recebia 2500 meticais (cerca de R$ 160) para guiar os caçadores ilegais a regiões onde vivem elefantes e rinocerontes. O salário médio de uma guarda florestal é entre 2000 a 3000 meticais (R$ 128 a R$ 192) por mês.
Os guardas vão perder seus empregos, mas as consequências jurídicas são mínimas: segundo a lei moçambicana, matar animais selvagem e tráfico ilegal de chifres de rinocerontes e presas de elefantes são considerados delitos leves.
“O sistema legal de Moçambique está longe de ser adequado, e uma pessoa que é considerada culpada só recebe uma punição leve e é obrigada a devolver o chifre”, reclama Michael H. Knight, coordenador do Grupo especializado em rinocerontes africanos da Comissão de Sobrevivência da União Internacional para a Conservação das Espécies.
Uma reunião do grupo em fevereiro alertou para a possibilidade de haver um único rinoceronte branco em todo o Moçambique e nenhum rinoceronte negro, explicou Knight.
Já Abacar foi mais incisivo: “Já declaramos a extinção dos rinocerontes no Parque Limpopo”.
Mas Bartolomeu Soto, diretor da unidade de conservação transfronteira de Moçambique, nega a exinção: “Acredito que ainda temos rinocerontes, embora não saiba dizer quantos”.
Segundo a mídia moçambicana, os últimos 15 rinocerontes de Limpopo foram mortos no mês passado, mas oficiais do parque negam esta informação. Soto diz que o engano veio da declaração de Abacar a jornalistas sobre não ter visto um rinoceronte nos três meses desde que começou a chefiar o parque.
O único número oficial para mortes de rinocerontes é o de 17 carcaças encontradas no parque em 2010, segundo Soto. Ele disse que a caça ilegal está acontecendo porque chifres e presas são frequentemente apreendidos nas fronteiras de Moçambique, embora parte do contrabando pode vir de animais mortos em países vizinhos, como a África do Sul. Esta semana um único traficante foi preso no aeroporto de Maputo com nove chifres.
O preço de chifres de rinocerontes supera o de metais preciosos como ouro e platina, por causa da demanda de países asiáticos, em especial China e Vietnã. Ele é considerado um poderoso remédio, apesar de ser feito de queratina, a mesma substância das unhas do ser humano. A medicina tradicional chinesa receita o chifre para uma gama de doenças que vai desde febres infantis e artrite a envenenamento e possessões demoníacas.
Knight explica que rinocerontes já foram dizimados em Moçambique no início do século passado, quando os animais também praticamente desapareceram da África do Sul, que hoje aloja 90% dos animais no continente africano.
Em 2002, os líderes de Moçambique, África do Sul e Zimbabwe concordaram em criar um parque transnacional em suas regiões fronteiriças, combinando 35 mil quilômetros quadrados de reservas estabelecidas como Parque Nacional Kruger, da África do Sul e o Gonarezhou, do Zimbabwe. O financiamento veio de várias organizações internacionais e da União Europeia.
Cerca de cinco mil animais foram transferidos da África do Sul para Moçambique, inclusive a primeira dúzia de rinocerontes em solo moçambicano em um século.
Mas em 2006, a África do Sul removeu 50 quilômetros de cercas entre o Kruger e o Limpopo, e a ideia era incluir mais dois outros parques moçambicanos, fazendo com que a reserva transnacional chegasse a mais de 100 mil quilômetros quadrados.
Estes planos estão ameaçados, bem como o parque Limpopo. Segundo Knight, há renegociações para reconstruir a cerca entre o parque e a África do Sul, porque os sul-africanos alegam ter perdido 273 rinocerontes somente este ano para a caça ilegal, e a maior parte foi morta por caçadores moçambicanos. Em 2012, caçadores ilegais mataram 668 rinocerontes .
A matança continua, com o número de animais mortos em ascensão, mesmo com a África do Sul apertando o cerco aos caçadores ilegais, usando soldados e forças policiais em todo o Kruger, um parque do tamanho de Israel.
Soto afirmou que o governo moçambicano está trabalhando desde 2009 em uma reforma das leis ambientais, que deve chegar ao parlamento em breve. Ela incluirá a criminalização da morte de animais selvagens e impor penas mais duras aos criminosos.
Mas até lá já será tarde demais para os rinocerontes de Moçambique. (Fonte: Portal iG)
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