Graziela Fernandes
“Em maio de 2009 conheci meu namorado (hoje meu marido) através das redes sociais. Morava em Praia Grande na época e ele, em Minas Gerais. Ele resolveu que queria me conhecer pessoalmente e veio até a cidade onde eu morava.
Nos conhecemos e foi quando descobri que ele era vegetariano há pelo menos 10 anos. Na época, eu me alimentava de todos os tipos de carne e também derivados (nunca gostei muito de leite puro, mas alguns produtos que eu consumia continham leite na composição).
Sempre fui apaixonada por animais. Nunca concordei com os maus tratos aos cães e gatos nos Centros de Controle de Zoonoses e fazia visitas regularmente ao CCZ de Praia Grande para analisar melhor a situação em que aqueles inocentes se encontravam. Inclusive, em meados de 2006 e 2007, consegui que o CCZ abrigasse um animal em uma baia até o dia seguinte, pois tinha conseguido uma tutora. O animal que morava em um quiosque na praia, estava debilitado, mas não apresentava sinais de doenças graves, somente tinha muita fome. Eles abrigaram o animal na baia conforme pedi e no dia seguinte, fui com a adotante buscá-lo e conversar com os veterinários para saber do cão. Foi quando tive a notícia de que ele tinha sido sacrificado pois estava muito debilitado. Briguei, chorei e fiquei indignada! Foi à partir desse momento que meu amor pelos animais aumentou ainda mais.
Tive vários coelhos em casa (mas não para consumo da carne, somente de estimação). Desenvolvi um carinho especial pela espécie e resolvi que também seriam meus protegidos.
Sempre que tinha tempo, pesquisava em sites, Orkut etc, sobre crueldade contra os animais. Via aqueles animais sendo torturados em laboratórios e acabava com meu dia. Decidi que iria boicotar o máximo possível marcas que faziam testes em animais. Mas como eu era leiga no assunto, ainda usava algumas marcas sem saber se testavam ou não.
Sempre que tinha tempo, pesquisava em sites, Orkut etc, sobre crueldade contra os animais. Via aqueles animais sendo torturados em laboratórios e acabava com meu dia. Decidi que iria boicotar o máximo possível marcas que faziam testes em animais. Mas como eu era leiga no assunto, ainda usava algumas marcas sem saber se testavam ou não.
No final de 2009 e início de 2010, meu marido (na época meu noivo) me encorajou ainda mais a adotar uma dieta vegetariana. A essa altura eu já participava de campanhas de adoção de animais, incentivava a posse responsável e já havia pensado na possibilidade de nunca mais colaborar com a matança de animais em matadouros.
Assisti ao documentário “A Carne é Fraca” e ele me ajudou MUITO a parar naquele instante com o consumo de carne vermelha. Sempre gostei muito, mas cada vez que via minha mãe fritando um bife, pensava naqueles animais confinados nos matadouros. Sentia cheiro de sangue, não sei como mas sentia. Minhas lágrimas escorriam pelo rosto e naquele momento percebi que o certo a se fazer era parar de consumir. Dito e feito! Faltavam agora, o frango e o peixe.
Consegui largar primeiramente o peixe, pois nunca fui muito de comer essa carne. O frango foi o mais complicado. Demorei exatos 4 meses para parar totalmente.
Me casei em agosto de 2010 e eu e meu marido ainda consumíamos leite, ovos e queijo.
Me casei em agosto de 2010 e eu e meu marido ainda consumíamos leite, ovos e queijo.
Entre 2011 e 2012 (dezembro de 2011 e janeiro de 2012), eu e meu marido tomamos uma decisão drástica: cortar os derivados do cardápio. Leite e ovos foram simples, mas o queijo… Sofremos muito, pois ele é mineiro e foi criado comendo queijo e eu, do interior de São Paulo, também. Meu avô paterno tinha chácara e minha avó tirava leite da vaca e fazia queijo. Era praticamente impossível não comer.
Com muito esforço e determinação conseguimos. Conheci em meados de 2010 o site do Vista-se e posso afirmar que ele colaborou e MUITO para que eu conseguisse deixar de lado tudo que fosse originado do sofrimento de inocentes (desde carnes e derivados, até produtos testados em animais). Em 2010 eu já tinha conversado com meu marido à respeito de materiais de limpeza e cosméticos testados. Mas foi no início de 2011 que decidimos: em casa não entrariam mais produtos testados em animais! Dito e feito! Hoje só usamos perfumes, desodorantes e materiais de limpeza que não testam em animais.
Foi nesse mesmo ano que entrei para o ativismo. Participei pela primeira vez de um manifesto em abril de 2011, justamente contra a Vivissecção, no MASP, em São Paulo. Foi uma sensação incrível poder gritar por aqueles que não podem se defender.
Em maio, participei do manifesto na Rua Oscar Freire contra peles de animais no mundo da moda. Através do convite do meu querido amigo Luiz Fernando, o Juka, fui escolhida para dar vida a uma coelha do manifesto e pude ajudar de alguma forma a mostrar para as pessoas o que os animais que tem suas peles extraídas sentem. Fui “esfolada” na frente da Arezzo, uma cena que nunca sai da minha cabeça. Segurei muito minhas lágrimas no momento e pensei em todos aqueles animais presos e privados de água, comida e uma vida digna.
Participei também do manifesto Crueldade Nunca Mais e voltei para casa rouca. Gritei tanto em nome dos inocentes que perderam suas vidas nas mãos de pessoas covardes e claro,chorei bastante.
Participei também do manifesto Crueldade Nunca Mais e voltei para casa rouca. Gritei tanto em nome dos inocentes que perderam suas vidas nas mãos de pessoas covardes e claro,chorei bastante.
Em dezembro de 2011 resolvi visitar ainda mais o site do Vista-se, na tentativa de encontrar dicas sobre veganismo. Como eu ainda era leiga precisava saber o que estava fazendo. Quando virei vegetariana, nem procurei um nutricionista para me orientar. Parei e pronto. Dessa vez queria fazer tudo diferente. Quem disse que fiz?
Através de dicas no Vista-se, consegui virar vegana. E meu marido também.
Através de dicas no Vista-se, consegui virar vegana. E meu marido também.
Quando vou ao mercado fico lendo as embalagens dos produtos pra ver se contém derivados nos ingredientes. Muita gente passa por mim e pensa (alto ainda por cima): “essa moça é louca”. Outros já me perguntaram: “você é vegana, certo?”
Depois que virei vegana, fui vítima de muitos preconceitos. Recebi por diversas vezes foto daquela vaca com os seguintes dizeres desagradáveis: “vegetarianos e veganos, minha comida ca* na sua”. Achava uma brincadeira ridícula, mas ignorava. O importante era estar bem com minha consciência.
Enfim, depois que conheci o Vista-se, segui as dicas e virei vegana, minha saúde mudou muito. Hoje tenho mais disposição, ânimo e energia. É muito bom quando estamos com a saúde física em dia. Melhor ainda, é quando estamos com a consciência limpa!
Fonte: VISTA-SE
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