Sou vegetariana por amor aos animais

Sou vegetariana por amor aos animais
COLHER OU MATAR, a escolha é sua

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro
todos seriam vegetarianos."

(Paul e Linda Mc Cartney)



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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Zoo-ilógico

 
Um orangotango se tornou fumante contumaz em um zoológico da Malásia, segundo organizações ambientalistas. Shirley, um orangotango fêmea de 25 anos, disputa com seu parceiro as pontas de cigarro jogadas por visitantes e ambos vivem em situação precária no Johor Zoo, de acordo com testemunhas
 Nina Rosa Jacob

O lógico seria mostrar os animais como eles são; seu comportamento, sua vida em família, seus hábitos, sua alimentação, seus relacionamentos, enfim: animais de verdade. Em liberdade.
Nos zoológicos, vemos um arremedo triste de animais deprimidos e solitários, expostos à curiosidade humana, sem entender o que estão fazendo ali.
Quem visita um zoológico com a intenção de conhecer os animais que lá estão, e pensa que está vendo um leão, um elefante, está enganado, está iludido. Aquele “elefante” não é realmente um elefante. Ele é um ser que já perdeu o espírito de sua espécie, que fica andando para lá e para cá, aborrecido, sozinho, sem saber por que está preso ali, uma vida inteira!!!
Na natureza, anda em média 40 km por dia, é gregário, vive em família, busca seu alimento para sobrevivência, refresca sua pele nos riachos, brinca, interage com familiares, vive vida de elefante. De verdade.
Sempre penso que os zoológicos deveriam ser virtuais: tecnologia do século XXI, com sons e imagens em 3ª (ou 4ª) dimensão, imagens de animais verdadeiros, como eles são; como vivem, como conversam, como interagem, em seus habitats, vivendo sua vida natural… isso enquanto há tempo, porque cada vez temos menos ambientes naturais, no nosso planeta.
Um zoolólgico ético, sem animais aprisionados, sem comércio de animais, sem toda a crueldade e violência que envolvem capturas, privação de liberdade, transportes, transferências. Sem solidão involuntária, sem sofrimento imposto, sem depressão provocada, sem ilusão.
Será preciso ter sofrido na própria pele o sequestro, os maus-tratos, o encarceramento e a opressão para se pôr no lugar do outro?
Colunista
Nina Rosa Jacob
Nina Rosa Jacob é ativista em defesa dos direitos dos animais, vegana, fundadora e presidente do Instituto Nina Rosa – projetos por amor à vida, palestrante, produtora de vídeos e editora de livros pela valorização da vida animal.

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