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19 de março de 2011
Autor: Bruno Horwatisch Cunha
Honrosamente compartilho a aprovação da Lei Ordinária 6.035/11, proibindo a realização da puxada de cavalo em nosso município. É certamente, motivo de grande comemoração para todos que defendem os direitos animais, principalmente para os que convivem de forma mais próxima com as barbáries e absurdos que essa prática vem desencadeando em um município vizinho.
A puxada de cavalo é mais uma dessas atrocidades que erroneamente são visualizadas e justificadas por serem culturais, no sentido mais distorcido possível de cultura. São lastimáveis essas tentativas de transformarem tradição, conservadorismo, insensatez e agressão em algo sagrado.
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Acredito que muitos tenham feito a seguinte indagação: mas essa “disputa” não ocorre em Blumenau, para que proibir o inexistente?
Bem, vamos por partes. Afirmar a inocorrência de algo não é uma tarefa simples. É mais coerente expormos o desconhecimento na realização. O que de modo algum torna-se antagônico com a proibição, visto que em outros municípios a prática que até então não era registrada, adquiriu contornos reais. Garanto a vocês que o movimento inverso é muito mais complicado.
Digo isso porque sinto, juntamente com outros grandes amigos e colegas que abraçam a bandeira animal e realizam lutas constantes para a proibição da puxada de cavalo, é muito angustiante constatar interpretação diversa e insensível dos operadores do direito, não concebendo os dispositivos e, acima de tudo, os princípios que norteiam normas que deveriam ser protecionistas, mas que na prática tornam-se inócuas.
Sinceramente, não surpreendem episódios como as agressões sofridas pelas grandiosas mulheres que lideram de forma pacífica e corajosa ideais nobres e nem sempre populares. Cada dia fico mais seguro que pessoas que não possuem atitudes éticas com os animais dificilmente terão com os humanos.
Parabéns aos ativistas voluntários e representantes públicos que trabalharam por esse preventivo e importantíssimo avanço, por aceitarem a incumbência de ser voz daqueles que infelizmente não possuem.
Fonte: Folha de Blumenau
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