Sou vegetariana por amor aos animais

Sou vegetariana por amor aos animais
COLHER OU MATAR, a escolha é sua

"Se os matadouros tivessem paredes de vidro
todos seriam vegetarianos."

(Paul e Linda Mc Cartney)



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sexta-feira, 22 de março de 2019

22 de Março - Dia da Água, o bem mais precioso de todo ser vivo : humanos, animais e vegetais


Sem água não há vida. É necessário utilizá-la com consciência para enfrentar o grande desafio do século: preservar os mananciais do planeta.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Encontrei seu cão...


ENCONTREI O SEU CACHORRO!
Hoje encontrei seu cachorro . Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto a maioria das pessoas já tem vários cachorros e quem não tem nenhum não quer um cachorro. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez ele estava bem longe da casa mais próxima, sozinho, com sede, magro e mancando por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você no momento em que parei na frente dele! Então poderia ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular em teus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não o esqueceria. Poderia ver o perdão nos olhos dele por todo sofrimento e dor que passara na interminável jornada à tua procura. Mas eu não era você. E apesar de minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, os olhos dele viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.
Então ele se virou e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que o caminho o levaria a você. Ele não entendia porque você não o estava procurando. Ele só sabia que você não estava lá, sabia que precisa te encontrar e que isso era mais importante do que comida, água ou o estranho que poderia lhe dar essas coisas.
Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Nem o nome dele eu sabia! Fui para casa, enchi um balde com água, coloquei comida numa vasilha e voltei para o lugar em que o encontrara. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele estivera descansando ao abrigo do sol. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa te encontrar.
Aguardei na esperança de que voltasse a buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida fizessem com que confiasse em mim; assim poderia levá-lo para casa, cuidar do machucado da sua pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que você não faria mais parte vida dele. Ele não voltou naquela manhã e a água e a comida permaneceram intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar teu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha que lhe daria o destino que você talvez achasse que o libertaria de todo o sofrimento pelo qual porventura estivesse passando.
Voltei ao mesmo lugar antes do anoitecer e não o encontrei. Na manhã seguinte, retornei e vi que a água e a comida continuavam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamá-lo pelo nome, tua voz lhe é tão familiar!
Comecei a caminhar na direção que ele havia tomado antes, mas sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.
Horas mais tarde e a uma boa distância do lugar onde o vira pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede já não o atormentava, sua fome fora saciada, suas dores haviam passado, o machucado da pata não o atormentaria mais. Seu cachorro estava morto. Livrara-se do sofrimento. Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar ali antes para que eu pudesse ter visto brilho naqueles olhos vazios, nem que só por um instante. Rezei, pedindo que sua jornada o tivesse levado ao lugar que imagino você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E sofri, sofri muito, pois sei que se ele acordasse agora e se eu fosse você, os olhos dele brilhariam ao vê-lo e ele abanaria o rabo perdoando-o por tê-lo abandonado.
( Autoria desconhecida)
Imagem: Google

terça-feira, 19 de março de 2019

O plástico que você usa uma única vez tortura o oceano para sempre

 Eu sou uma pessoa que sempre leva sacolas de pano na bolsa, no carro, tenho sempre à mão e recuso embalagens plásticas.
Aqui no Brasil a cultura de desperdício das sacolinhas ainda é grande, ninguém sai de uma supermercado sem levar dezenas delas.
Na Europa, se você não leva de casa, tem que pagar pela sacola, e além disso são sempre biodegradáveis. As caixas perguntam, não trouxe sacola? Aqui, ao contrario, tem empacotadores orientados a colocar apenas dois ou três itens em cada sacola e uma dentro da outra - para não arrebentar. E por que não fabricam sacolas que não arrebentem? Ou que sejam biodegradáveis?
Sinto-me um ET quando recuso sacolas e digo sempre para os caixas: "o meio ambiente agradece".
Que cada um faça a sua parte por um futuro menos poluído!




sexta-feira, 15 de março de 2019

Como é difícil ser vegetariano! - por Milton Martins

16/02/2019


COMO É DIFÍCIL SER VEGETARIANO!

Milton Martins & Temas Livres


ESTUDOS INCENTIVAM MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO COMO OPÇÃO AMBIENTAL



Meus caros, como é difícil ser vegetariano!

E vegano, então, aquele pessoal que não consome nada de origem animal, sequer o sapato e o cinto de couro.

Como é difícil!

Lembro-me com saudades de minha mãe. Um detalhe, todos os sábados, sabendo que eu almoçaria em sua casa, preparava o pescado a dore, bem passado, estalando.

Esses pratos se tornaram um padrão na minha vida por muito tempo.

Um dia, por uma série de influências e literaturas especializadas, fui deixando a carne de lado. Repugnam-me os açougues – quaisquer se que sejam os pedaços pendurados nos ganchos, um odor desagradável—e tenho muito dó das aves pelo modo truculento como tratadas antes e no abate.

Nunca vou esquecer como minha mãe as abatia. Naqueles idos.

Até elas se apegam.

As duas galinhas e um galo que apareceram por aqui, foram se aproximando esperando comida chegando à confiança de treparem no parapeito da janela.

Uma das galinhas desapareceu. A outra, tudo indica fora atropelada porque tinha que atravessar uma rua movimentada.

Essa galinha preta, antes de morrer não deixou de botar o ovo com todo aquele sacrifício da dor.



O galo foi levado para lugar melhor, mais seguro – perderia a liberdade das ruas perigosas pela garantia de sobrevivência—e ao ser capturado, se debatendo, preso numa caixa de papelão ouvindo a voz amiga teria respondido cocoricando preocupado com a possível “traição”.

Tenho mais coisas para contar sobre bichos. Coisinhas simples que me marcaram que não relato porque poderão parecer descabidas ao senso que predomina.

E depois, nestes últimos 40 anos ou mais tenho mantido luta renhida anticarne porque sei da crueldade que se dá principalmente com o abate do gado bovino.

Um dia, para registrar a gratidão uma vaca levantou a cabeça me encarando com aqueles olhos inocentes, após beber um balde de água que lhe ofereci e a seu bezerro, sob sol escaldante. Não havia árvores para se abrigar.

Rejeitar pratos preparados com carne em recepções sem poder explicar aos circunstantes ou mal explicar as razões.

Mas, vou sobrevivendo.




Na Fórum de Davos, realizado nos dias 22 e 23 de janeiro último foi divulgado um estudo da Universidade de Oxford no qual recomenda que a alimentação carnívora (bovina, principalmente) seja gradativamente substituída por outras opções de alimentos como carne sintética – produzida a partir de amostras de células de músculos animais que se expandem em laboratórios – tofu, lentilhas, nozes, jaca e uma gama imensa de outros produtos naturais não a base de carne.

A Universidade inclui até mesmo insetos, alimento comum em outros países, particularmente na China.

Ora, entre nós os insetos causam repugnância. Mas, eu fico aqui pensando no prazer de chupar ostras naquelas casquinhas in natura, para mim não menos repugnante.

Esse estudo atribui à produção da carne bovina, a porcentagem de 25% das emissões de gases do efeito estufa no todo do setor alimentar.

E, claro, à medida que o plantel aumenta, aumentam as áreas de pasto. A alimentação que avança sobre a mata não se dá apenas nas pastagens “naturais”, de gramíneas, mas também pela soja e seus derivados.
Quanto a mais na emissão de gases do efeito estufa, nessa parte da soja para o consumo do gado de corte?

As mudanças climáticas são visíveis: calor intenso, chuvas fortíssimas e vendavais, nevascas rara ou jamais sentidas nos países do hemisfério norte alterações graves que, pela linguagem do dinheiro, do imediatismo, não são levadas a sério e, de regra, desdenhadas.

No tocante ao consumo de água, dados confiáveis informam que, para obter um quilo de
Carne bovina – 15 mil litros
Carne suína – 6 mil litros
Frango – 3.9 mil litros
Queijo – 5 mil litros
Nota-se que o alimento de origem animal do ponto de vista ambiental é desastroso.

Um suplemento "Agro" do jornal “O Estado de São Paulo” de 30.01.2019 (*) a propósito do estudo da Universidade de Oxford ouviu dois especialistas brasileiros, o engenheiro agrônomo Maurício Palma Nogueira e Alexandre Berndt, este pesquisador de “sistemas de produção sustentáveis da Embrapa”.

Para eles, as emissões antiambietais seriam ou são dez vezes menores do que se dá na produção bovina em outros países.

Disse Berndt:

No Brasil, em pastagens com o uso de tecnologias básicas, as emissões são 10 vezes menores do que as apresentadas no relatório”. E, se forem consideradas as fazendas com sistemas de produção pecuária de ponta ou as que fazem a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), o saldo de emissões de CO2 pode ser negativo.”

Esclarecem mais que a produção da carne bovina no Brasil é bem eficientea par do baixo preço cobrado por aqui, daí porque a troca da carne por outros alimentos não seria cabível ou necessária.

Eu acrescento, por enquanto...

A projeção se dá até os anos 2.050 quando a Terra teria 10 bilhões de habitantes (!).

Aumentada a produção do gado bovino de 4,5 arrobas por hectare (baixa) para 50 arrobas um objetivo “possível” numa linha de eficiência o Brasil poderia produzir, hipoteticamente, 130 milhões de toneladas de carcaça bovina, na mesma área de 165 milhões de hectares de terras hoje destinadas à pecuária.

E sempre a linguagem do dinheiro porque em 2018 as vendas de carne ao exterior registraram um recorde de 1,64 milhão de toneladas “volume responsável por uma receita de US$6,5 bilhões”.

Por fim, mesmo que repudiando o consumo de insetos, mas a cultura é a mesma quando se trata do desmatamento porque os países do denominado 1º mundo, após devastaram suas matas agora querem a preservação das matas do Brasil. Se aceitarmos esse “raciocínio distorcido”, cometeremos os mesmos erros desses países com graves repercussões ambientais.

Nesse sentido, disse Berndt:

Eu não me sinto confortável que alguém de fora venha ditar regras para o consumo dentro da minha casa. Este é um costume cultural, e não vão conseguir impor a uma nação”.

Claro que eu não comeria inseto jamais embora haja alimentos tão repugnantes quanto.

Até 2050, quero destacar que aumentando ou não a produção bovina em mais de 1100% (de 4,5 arrobas para 50 por hectare), comendo insetos ou não está muito claro para mim que se não mudados os hábitos alimentares nos próximos anos, será a devastação florestal que garantirá o aumento de pastos para alcançar o tal “aumento” de “carcaças bovinas” para consumo internos e externo.

O clima será muito mais afetado nessa hipótese.

Não sou otimista. Diviso um estádio de caos no futuro impondo graves restrições de vida aos nossos netos e descendentes.

Quem viver, viverá.